O Farol de Lubumbashi

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Resumo de Gilgamesh contado noutra história

Em Gilgamesh, estamos na infância da literatura mundial.


Há muito, muito, mesmo muito... há bué, vá!, de tempo, no reino antigo de Uruk que, quem vai daqui, só tem que ir a direito pela Nacional 1 e sair na terceira saída da 1034ª rotunda, vivia o rei Gil, a quem todos temiam.
Na verdade, ele não era verdadeiramente rei, mas era assim que exigia ser tratado. Exigia, porque podia.
Gil era um magano que dominava o recreio da sua escola. Um domínio que era exercido pelo terror e possibilitado pelo seu tamanho e força: inigualáveis.
Nesta altura, ainda não existia futebol e o desporto que Gil praticava era a violação de meninas; por aborrecimento, nunca por deleite.
Ora, vá-se lá saber porquê, as outras crianças do recreio, bufas, decidiram fazer queixa dele à administração escolar. Diga-se que os membros da direcção da escola, por medo de Gil, comportavam-se como uma espécie de deuses: longe da vista.
Perante tantas queixas, a direcção toma uma decisão salomónica: dividir o terror. Em vez de um protagonista a espalhar medo, devia haver dois protagonistas que o fizessem. Melhor: o segundo protagonista devia ser um equivalente de Gil, igual em força.
É assim que surge Kid, que tinha, para espanto de todos, não só uma força equiparável à de Gil mas, também, a mesma fisionomia.
Constava-se que Kid havia sido abandonado em criança e, qual Tarzan, criado por criaturas selvagens. Foi resgatado da selva pelos membros da direcção da escola, que o aliciaram com favores sexuais. Consta-se também que o seu corpo era coberto por uma camada espessa de pêlo, a qual caiu aquando da execução dos ditos favores. Não se preocupem que, mal acabe de contar esta história, eu próprio aviso o protagonista Kid para consultar um especialista.
Gil e Kid avistaram-se pela primeira vez no recreio. Antes que pudessem sequer vislumbrar que eram em tudo semelhantes, decidiram conhecer-se através do toque secreto dos rufias: à pancada.
Como se dirime uma luta entre dois protagonistas iguais?
Iguais na fisionomia, na força, na vontade e na estupidez.
Não se pode.
Pois o empate a que se assiste, provoca neles um novo sentimento: o de invencibilidade conjunta.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Gilgamesh a nu

Como é que isto vai decorrer?

Após a leitura de cada livro, também conhecido por clássico, mas isso é só para amigos, vai divulgar-se o seguinte:

  • Uma foto erótica do livro
  • Resumo da história contado noutra história
  • Não, agora a sério!
  • Palavras que aprendi com o livro ou palavras que gosto de ler em livros
  • Expressões que abichanam um leitor
  • Este livro vai bem com...

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Lista de 'Clássicos'

1. Anónimo, Gilgamesh, Sécs. XVIII-XVII a.C.

2. Homero, Ilíada, Séc. VIII a.C.

3. Homero, OdisseiaSéc. VII a.C.  

4. Anónimo, Job, Sécs. VI-IV a.C.

5. Ésquilo, Prometeu Acorrentado, c. 475 a.C.

6. Ésquilo, Persas, 472 a.C.
 
7. Ésquilo, Os Sete Contra Tebas, 467 a.C. 

8. Ésquilo, Oresteia, 458 a.C.
 
9. Sófocles, Antígona, 432 a.C.

10. Eurípides, Medeia, 431 a.C.

11. Sófocles, Rei Édipo, 430 a.C.

12. Eurípides, Andrómaca, c. 425 a.C.

13. Aristófanes, As vespas, 422 a.C.

14. Eurípides, As Troianas, 415 a.C.

15. Eurípides, As Bacantes, 405 a.C.
 
16. Vatsyayana, Kama Sutra, Séc. III a.C.

17. Vergílio, Eneida, 29-19 a.C.

18. Ovídio, Arte de amar, 2

19. Dante Alighieri, A Divina Comédia, 1308-1321

20. Geoffrey Chaucer, Contos de Cantuária, Séc. XIV

21. Richard de Bury, Philobiblon, c. 1345

22. Giovanni Boccaccio, Decameron, 1349-1353

23. François Rabelais, Gargântua e Pantagruel, 1532-1534

24. Michel de Montaigne, Ensaios, 1595

25. William Shakespeare, Hamlet, 1603

26. Miguel de Cervantes, Dom Quixote, 1605 (parte 1), 1615 (parte 2)

27. Daniel Defoe, Robinson Crusoé, 1719

28. Joanathan Swift, As viagens de Gulliver, 1726

29. Laurence Sterne, A vida e opiniões de Tristam Shandy, 1760

30. Denis Diderot, Jacques, o fatalista, 1796

31. Edgar Allen Poe, Contos, Séc. XIX

32. Jane Austen, Orgulho e Preconceito, 1813

33. Stendhal, O vermelho e o negro, 1830

34. Johann Wolfgang von Goethe, Fausto, 1832

35. Honoré de Balzac, O tio Goriot, 1835

36. Grimm, Contos, Séc. XIX

37. Charles Dickens, Os cadernos de Pickwick, 1837

38. Nathaniel Hawthorne, A letra encarnada, 1850

39. Herman Melville, Moby Dick, 1851

40. Henry David Thoreau, Walden ou a vida nos bosques, 1854

41. Walt Whitman, Folhas de erva, 1855

42. Gustave Flaubert, A educação sentimental, 1869

43. Fiódor Dostoiévski, Demónios, 1872

44. Lev Tolstói, Anna Karénina, 1877

45. Mark Twain, As aventuras de Huckleberry Finn, 1884

46. Robert Louis Stevenson, O estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde, 1886

47. Anton Tchékhov, Contos, 1886

48. Joseph Conrad, O coração das trevas, 1899

49. Thomas Mann, Os Buddenbrooks, 1901

50. D. H. Lawrence, Filhos e amantes, 1913

51. Marcel Proust, Em busca do tempo perdido, 1913-1927

52. James Joyce, Ulisses, 1922

53. Italo Svevo, As confissões de Zeno, 1923

54. Franz Kafka, O processo, 1925

55. Virginia Woolf, Mrs. Dalloway, 1925

56. Fernando Pessoa, O livro do desassossego, 1928

57. Robert Musil, O homem sem qualidades, 1930-1932

58. Louis-Ferdinand Céline, Viagem ao fim da noite, 1932

59. Halldór Laxness, Gente independente, 1934-1935

60. William Faulkner, Absalão, Absalão, 1936

61. Jorge Luis Borges, Ficções, 1944-1986

62. Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano, 1951

63. Samuel Beckett, Malone está a morrer, 1951

64. Ernest Hemingway, O velho e o mar, 1952

65. Vladimir Nabokov, Lolita, 1955

66. Juan Rulfo, Pedro Páramo, 1955

67. Günther Grass, O tambor de lata, 1959

68. Al-Tayyeb Salih, Época de migração para norte, 1966

69. Salman Rushdie, Os filhos da meia-noite, 1981

Objectivos

Este blogue pertence a um tipo preguiçoso: que gosta de literatura.
Este blogue pertence a um tipo preguiçoso e desorganizado: que gosta de literatura.
Pretende este blogue trazer algum trabalho e organização: através da literatura: ao tipo preguiçoso e desorganizado: que gosta de literatura.

Para isso, organizou uma lista de livros, em número variável, que se propõe a ler e partilhar, ao longo do tempo necessário em que não se sente preguiçoso.
A lista obedece à classificação a que comummente se designa de 'clássicos' e que, curiosamente, o tipo preguiçoso e desorganizado se deu ao trabalho de designar como: lista de 'clássicos'.