Era uma vez um puto. Quando o seu pai faleceu, já não era assim tão puto. Mesmo que o fosse, teria que demonstrar que era já um adulto e teve que assumir a direcção da rede de hipermercados, um autêntico império erigido pelo pai.
Colocavam-se duas questões na cabeça do puto que já não era assim tão puto:
"Serei aquele que herda um império económico e vive da sua gestão à sombra do pai?"
"Ou serei aquele que herda e faz juz a uma linhagem de sucesso, engrandecendo continuamente o bolo?"
O puto que já não era assim tão puto respondeu afirmativamente à segunda questão. Apostou numa rede internacional de telégrafos low-cost. Saiu-se mal. Não contava com uma coisa chamada internet.
Envergonhado, retirou-se desta batalha. Passou a viver nas sombras dos hipermercados, onde se dizia que pairava o fantasma do seu pai. Sim, e sentiu-se estúpido para sempre.
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